Rui Rio VS Meneses
Manuel Valente - Advogado - Porto
Tema a que se refere: Presidentes de Câmara
Rui Rio ganhou a Câmara do Porto (em 2001) quando todos pensavam que Fernando Gomes arrecadaria mais uma vitória na Invicta. Rio partiu para a contenda sem grandes apoios, sem grande experiência, mas com sentido de responsabilidade e, ao contrário do esperado, sem promessas demagógicas. O Povo gostou disso. Nessa época já Felipe Meneses era um autarca de sucesso (Gaia), mas com a ambição - a meu ver legítima - de liderar a segunda maior Câmara do País. Meneses mediu mal os prós e os contras e não aceitou o desafio que a estrutura partidária lhe colocou para ser candidato à Câmara do Porto. Mais tarde arrependeu-se, mas quem ganhou com isso foi Gaia que o elegeu novamente. Rio herdou da administração socialista um buraco financeiro de proporções tais que o obrigou a uma gestão de contenção sem grandes flores ou ambições. Denunciou a corrupção em geral existente na Câmara com especial incidência no urbanismo. E tomou diversas medidas, não muito populares, que lhe retiraram (e ainda retiram) alguma popularidade. Ao invés, Meneses, uma vez reeleito, alimentou o buraco financeiro da Câmara de Gaia. Segundo a edição do JN de 28 06 2007, aquela edilidade regista uma das maiores taxas de endividamento líquido, apresentando um passivo de cerca de 232 milhões de euros. Num registo oposto ao do seu colega do Porto, Meneses torna-se, ainda, mais popular, desce à ribeira da invicta onde se passeia entre os populares, alia-se ao Presidente do Futebol Clube do Porto contra Rui Rio, e assume um protagonismo sem precedentes. Rio, mercê do seu rigor, seriedade e honestidade, é admirado em todo o País, e considerado um político de excepção, nomeado, por muitos, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Apesar de, aparentemente, mal amado na cidade do Porto, Rio consegue a maioria absoluta para o seu segundo mandato à frente dos destinos da autarquia. Meneses, é idolatrado em Vila Nova de Gaia, e recolhe uma grande simpatia na cidade do Porto. Mas ao contrário deste, Meneses não é respeitado no resto País, e a ambição de ascender a primeiro-ministro não é vista com muito bons olhos nos mais diversos quadrantes da sociedade Portuguesa. Rio, é uma pessoa simples, perseverante, inteligente, com perfil de liderança, mas uma personagem um pouco apagada, demasiado metódico e não muito popular. Meneses, é exuberante, muito esperto, popular, mas emocionalmente desequilibrado razão pela qual não recolhe grandes índices de confiança. Se pudesse daria a cada um deles os seguintes conselhos: Ao Meneses aconselharia mais humildade, ambição mais comedida, e proporia um tirocínio de seis meses junto do Rui Rio (só para aprender as coisas boas); Ao Rui Rio aconselharia longos passeios a pé pelas calçadas da cidade com conversas à mistura com os portuenses, e um curto tirocínio com o Prof. Cavaco Silva, com especial incidência em matérias de relacionamento com os órgãos de comunicação social. MValente
Tema a que se refere: Presidentes de Câmara
Rui Rio ganhou a Câmara do Porto (em 2001) quando todos pensavam que Fernando Gomes arrecadaria mais uma vitória na Invicta. Rio partiu para a contenda sem grandes apoios, sem grande experiência, mas com sentido de responsabilidade e, ao contrário do esperado, sem promessas demagógicas. O Povo gostou disso. Nessa época já Felipe Meneses era um autarca de sucesso (Gaia), mas com a ambição - a meu ver legítima - de liderar a segunda maior Câmara do País. Meneses mediu mal os prós e os contras e não aceitou o desafio que a estrutura partidária lhe colocou para ser candidato à Câmara do Porto. Mais tarde arrependeu-se, mas quem ganhou com isso foi Gaia que o elegeu novamente. Rio herdou da administração socialista um buraco financeiro de proporções tais que o obrigou a uma gestão de contenção sem grandes flores ou ambições. Denunciou a corrupção em geral existente na Câmara com especial incidência no urbanismo. E tomou diversas medidas, não muito populares, que lhe retiraram (e ainda retiram) alguma popularidade. Ao invés, Meneses, uma vez reeleito, alimentou o buraco financeiro da Câmara de Gaia. Segundo a edição do JN de 28 06 2007, aquela edilidade regista uma das maiores taxas de endividamento líquido, apresentando um passivo de cerca de 232 milhões de euros. Num registo oposto ao do seu colega do Porto, Meneses torna-se, ainda, mais popular, desce à ribeira da invicta onde se passeia entre os populares, alia-se ao Presidente do Futebol Clube do Porto contra Rui Rio, e assume um protagonismo sem precedentes. Rio, mercê do seu rigor, seriedade e honestidade, é admirado em todo o País, e considerado um político de excepção, nomeado, por muitos, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Apesar de, aparentemente, mal amado na cidade do Porto, Rio consegue a maioria absoluta para o seu segundo mandato à frente dos destinos da autarquia. Meneses, é idolatrado em Vila Nova de Gaia, e recolhe uma grande simpatia na cidade do Porto. Mas ao contrário deste, Meneses não é respeitado no resto País, e a ambição de ascender a primeiro-ministro não é vista com muito bons olhos nos mais diversos quadrantes da sociedade Portuguesa. Rio, é uma pessoa simples, perseverante, inteligente, com perfil de liderança, mas uma personagem um pouco apagada, demasiado metódico e não muito popular. Meneses, é exuberante, muito esperto, popular, mas emocionalmente desequilibrado razão pela qual não recolhe grandes índices de confiança. Se pudesse daria a cada um deles os seguintes conselhos: Ao Meneses aconselharia mais humildade, ambição mais comedida, e proporia um tirocínio de seis meses junto do Rui Rio (só para aprender as coisas boas); Ao Rui Rio aconselharia longos passeios a pé pelas calçadas da cidade com conversas à mistura com os portuenses, e um curto tirocínio com o Prof. Cavaco Silva, com especial incidência em matérias de relacionamento com os órgãos de comunicação social. MValente
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