27 fevereiro 2008

Jardim esquecido

Francisco Silva - Professor - Porto

Tema a que se refere: Rotunda da Boavista


Caro Presidente da C.M.P.:

Portuense de Massarelos há 49 anos, sempre vivi a minha infância e juventude em redor da Boavista e do seu jardim. Hoje moro em Paranhos e sempre que posso dou um salto às origens. No passado dia 22 de Fevereiro passei, cerca das 22 horas, na rotunda. Fiquei triste e aborrecido com o dr. Rui Rio. O monumento à Guerra Peninsular estava às escuras! O jardim, requalificado há pouco tempo, sem qualquer visibilidade. O sistema de iluminação dos candeeiros é muito fraco e não corresponde à grandeza do jardim e do seu monumento. Tinha passado minutos antes nas ruas da Foz e a noite parecia dia. Já deviam ter colocado na Boavista o mesmo sistema de iluminação. Senhor Presidente, pegue no carro da câmara e dê uma vez por semana uma volta pela noite da cidade. Leve consigo alguém que anote as deficiências que encontre e passada outra semana vá verificar se os erros foram emendados. Aceite esta crítica como um conselho de amigo que votou em si duas vezes. Espero votar a terceira, mas esteja atento ao desleixo que impera em determinadas áreas da nossa cidade - lixo, trânsito, falta de policiamento, pavimentos degradados, iluminação, casas e carros abandonados e vandalizados. As minhas saudações democráticas.

Redução de espaços verdes


João Bernardo Baptista Pereira - Estudante - Porto

Tema a que se refere: Saúde pública


Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto, sou um adolescente de 15 anos da cidade do Porto e desde os meus 6 anos pratico vários desportos, tais como: natação e equitação. O meu maior gosto é o Escutismo, e no amor que tenho desenvolvido pela Natureza, vejo que a nossa cidade tem falta de espaços verdes, o que reduz a harmonia e a confraternização entre as pessoas, para além de lhe provocar graves doenças. As transformadoras de dióxido de carbono, substância que a cidade tem em abundância, em oxigénio, as nossas amigas árvores, estão a ser reduzidas de forma gritante e penosa para todos nós! Com essa redução destruíram-se também espaços históricos, como por exemplo, os jardins da emblemática Avenida dos Aliados, o que fez com que aumentasse o descontentamento popular.Como está cinzenta a nossa sala de visitas . Se esta calamidade continuar, até o próprio Escutismo ficará em causa. Aposto que Baden Powell não iria gostar, pois ele precisava da Natureza para nos formar.

O estado a que chegou


Jorge Rodrigues - Engenheiro Mecânico - Rio Tinto

Tema a que se refere: BPMP


BPMP. Uma das bibliotecas mais antigas, uma das melhores e mais completas do país, em alguns aspectos até do mundo (hemeroteca p. ex). Num estado lamentável. A última vez que ali estive já não funcionava a sala de leitura de periódicos. Os jornais liam-se pois, em más condições, na outra sala. Os livros lá vão circulando, muitos em péssimo estado, esperando melhores dias. Alguns de consulta pública num estado de desmazelo total. Posso exemplificar. O muito consultado Dicionário Corográfico de Américo Costa. Faltam folhas a alguns volumes, faltam alguns volumes. Poder-se-ia dizer que a culpa é dos leitores que os estragam. Certamente, mas muitos dos leitores são os mesmos que frequentam o Arquivo Histórico e lá os livros estão novos. E porque não se fotocopiam estes e completam os outros? Porque se não analisam as causas e se previne o futuro? De alguns livros ou documentos a cópia só é permitida através de microfilme. Leva semanas. Depois de o receber há que encontrar quem o queira passar ao papel. Recorre-se à boa vontade do Arquivo Histórico ou do Arquivo Distrital, ambos do outro lado da cidade. Há grandes dificuldades em compreender o desprezo e indiferença dedicados à BPMP. Já o Arquivo Histórico, também da mesma autarquia, tem outras condições de funcionamento. Qual a razão da diferença? Sabemos que em época de crise a cultura poderá não vir em primeiro lugar na lista de prioridades camarárias, mas será que não tem sequer lugar nessa lista? Vamos deixá-la cair?

25 fevereiro 2008

A Pista da RED BULL AIR RACE


Nuno Castanheira - Economista - Porto

Tema a que se refere: Utilização indevida de recinto


Chamo a atenção para o uso que tem sido feito da metade situada mais a Oeste da pista referida, desde que as corridas terminaram, ou pouco depois disso.

É usada como parque de estacionamento (o que nem é o pior, excepto para os concessionários dos parques de estacionamento da zona).

É usada pelos utilzadores de brinquedos miniatura: carros e aviões telecomandados - nenhum inconveniente. Eles não têm muitos locais apropriados para o fazerem.

O pior é o uso feito por condutores de automóveis, que usam a pista para as suas manobras acrobáticas, feitas em alta velocidade - piões e derrapagens são, de alguma forma, frequentes nas alturas em que a pista está com poucas ou nenhumas viaturas.

Como as corridas de aviões são para continuar, penso que a CM do Porto podia, e devia, evitar a deterioração da pista, em particular, a estes últimos utlizadores que referi: "os pilotos acrobáticos".

É isto que Vossas Excelências querem para o Porto???


Maria da Paz - Porto

Tema a que se refere: Insegurança



Ex.mos Srs:

Todos os dias vou à Rua do Campo Alegre, uma vez que a minha mãe mora ali, perto do Jardim Botânico. O clima de insegurança que se sente é inacreditável! A causa número um é o "famoso" Bairro do Aleixo onde todos os problemas se acumulam. Há bem pouco tempo fui interveniente, sem querer, duma perseguição que me deixou horrorizada. Ía, muito calma, no meu carro em direcção à Foz e, quando cheguei ao cruzamento mesmo antes da Junta de Freguesia, havia polícias que subiam a Rua da Igreja de Lordelo e um carro em fuga. Bateu num carro que subia Diogo Botelho, passou vermelhos, fez um ziguezague a alta velocidade passando pelo meu carro e conseguiu o seu intuito, ou seja, fugir. Entretanto ouvi tiros. Fiquei em pânico!

O clima de medo, nesta zona, alastrou-se a todos os moradores que ali vivem. Basta fazer um inquérito.

Pergunto: porque é que essa edilidade não resolve o problema? O que é preciso acontecer? Mortes e feridos?

Os drogados aumentam assustadoramente. Vêm de todos os lados ao "antro" da droga. Porque não se colocam polícias em permanência naquele bairro? Porque não se dá uma solução àquele bairro "decadente"? Ou destruí-lo ou transformá-lo. Pôr os elevadores a funcionar, pintar, ajardinar, colocar um CAT, recintos decentes para actividades desportivas, muito mais apoio aos jovens e à terceira idade. Será assim tão difícil? É urgente que o apoio social, no Porto, seja a prioridade número 1 da Câmara. Foi até agora? Não me parece!

Também os senhorios das casas abandonadas deveriam ser "OBRIGADOS" a fazer obras. Bem ao lado de casa da minha mãe há várias casas assim. Cimentaram as janelas. E o que é que adiantou? Os drogados saltam para os jardins e fazem dali as suas salas de chuto: nos galinheiros, nos espaços envolventes dessas casas, etc. Para além das pessoas (os meus sobrinhos, entre muitos outros, já várias vezes foram assaltados), os carros são outro alvo dos toxicodependentes-vidros partidos, pneus furados...

Páro por aqui. Penso que já é mais do que suficiente. FALTA É INICIATIVA "CREDÍVEL" DESSA INSTITUIÇÃO. Espero que não seja "promessa" para outro mandato.

22 fevereiro 2008

Jornal no semáforo


António Feio - Arquitecto - Porto

Tema a que se refere: Distribuição de jornais nos semáforos


Antes de mais, quero esclarecer que não sou objectivamente contra os Jornais de distribuição gratuita. Neste texto, quero manifestar-me apenas contra o novo método de distribuição IMPINGIDA, que nada tem em comum com o conceito de distribuição gratuita dos referidos Jornais.
Para fundamentar a minha indignação, convém um pouco de história dos Semáforos. Sobre essa história recente, posso dizer que ainda me lembro de ver manifestações a exigir semáforos na Fonte da Moura, na Avenida da Boavista, no Porto. Na altura, o problema eram os carros que desciam disparados Boavista abaixo e atropelavam “peões”, quase sempre crianças, que iam a pé para as escolas das redondezas. Sim, porque antigamente os pais ainda não eram mal vistos por deixar os filhos caminhar até à escola.

Lá conseguiram, os manifestantes, que fossem plantados semáforos na Fonte da Moura e em todos os “cruzamentos perigosos” das avenidas das cidades.
Instalados os semáforos, todo um novo mercado surgiu a eles associado.
E começaram a aparecer droguinhas a pedir para a sopa, depois Romenas com bebés moribundos ao colo. Nas Primaveras, ou quando o calor começa a apertar, entram os Bombeiros Voluntários a pedir para a nova Ambulância... Ainda apareceram alguns miúdos com esponjas e pouca água para lavar os vidros, mas esses não tiveram hipóteses nenhumas porque “...se tocas no meu carro com essa água mato-te!”.
O aguçado sentido de posse e o amor louco que os automobilistas têm aos seus carros, rapidamente demonstrou que não há crescimento para o negócio de limpa-vidros-de-semáforo.

Agora chegaram os Jornais gratuitos. Numa primeira reflexão optimista pensei... “ok, é só para começar o negócio, para habituar os leitores ao novo conceito". Pensei mesmo que a romaria só iria durar uma semanita. Mas não. Enganei-me. Estão para ficar e cada vez mais prósperos. Já tem balões e Bandeiras nos dias de melhor vigor publicitário.

Será possível que ninguém sinta a famosa “road-rage” quando um carro pára com o semáforo verde, só para apanhar o jornal? Ninguém sente “road-rage” quando o carro da linha da frente não arranca porque está a acabar de ler o parágrafo da publicidade ao crédito por telefone...? Serei o único chocado, com o pequeno-almoço a dar voltas no estômago apertado?

Excelentíssimos Senhores Condutores Leitores, há ali gente com trabalho que não tem uma ponta de dignidade!
Para quê apontar o dedo aos governantes tiranos do Oriente e da América do Sul quando aqui mesmo há gente a trabalhar em condições miseráveis?
Ou será que são muito bem pagos pela actividade de “desgaste rápido” que desenvolvem? EU NÃO SEI! Alguém me pode dizer quanto ganha um distribuidor de Jornais-de-semáforo?
Quem é que paga a desgraça se um deles levar com um carro em cima?...Porque é uma questão de tempo! Eles vão começar a morrer atropelados! Eles ganham para compensar os gases de escape que respiram, que é provavelmente pior que fumar dois maços por dia? Há um sindicato dos entrega-jornais-gratuitos-pela-frincha-da-janela-do-carro-em-andamento?

E ainda, umas perguntas menos altruístas:
De quem é a culpa se o leitor-do-carro-da-frente estanca com o semáforo verde e eu lhe acerto na traseira?
De quem é a culpa se, de mota, atropelar um destes trabalhadores entre filas de carros?
Onde está a Esquerda Socialista? Onde estão os Sindicalistas a proteger os trabalhadores? Onde está a Segurança no Trabalho, a Segurança Social, a ASAE? Onde está a Igreja a pregar a igualdade entre Irmãos? Onde está o Clube de Jornalistas? Não pergunto onde está a polícia de trânsito. Onde está a polícia municipal? Sim, porque não me acredito que a CMP tenha viabilizado tal actividade de publicidade desenfreada e ocupação anárquica da via pública.

Excelentíssimos Senhores Doutores Directores dos Jornais de Distribuição gratuita, será que ainda não percebem que o semáforo é o espaço dos desgraçados? Querem mesmo ter a vossa Imagem associada ao contexto do mercado-de-semáforo? Não será uma má aposta de marketing num conceito de media que está tentar entrar na sociedade de consumo portuguesa?
O que é que é necessário para isto acabar? Um abaixo-assinado? Quantas assinaturas? Entregam-se onde?Alguém quer assinar abaixo...

17 fevereiro 2008

Complexo de Ténis do Parque da Cidade


Leonardo Ferreira - Estudante - Matosinhos

Tema a que se refere: Complexo de Ténis do Parque da Cidade


Bom Dia. Venho por este meio comunicar o meu descontentamento com um assunto que me despertou esta manhã. Após a abertura do complexo de ténis do Parque da Cidade, decidi ir até lá com um amigo meu e as minhas raquetes para jogar, pensando que o preço a pagar seria relativamente baixo visto ser um serviço municipal.

Ao chegar lá dirigi-me a um senhor que me comunicou que o preçário era de 6 euros por pessoa hora. Quer dizer, se o senhor me tivesse dito que o preço era de 6 euros por campo hora, até era compreensivel, mas mesmo assim muito caro, mas 6 euros por pessoa hora, acho que é um exagero e que não incentiva a população à prática do desporto.

Todos os politicos, médicos, professores... incentivam a população a praticar desporto para que a esperança média de vida e a população aumente... Mas se uma pessoa gostar de jogar ténis, e for o desporto que a pessoa quer praticar, não pode porque não tem possibilidades para o fazer no Porto.

Eu moro em Matosinhos e aqui há poucos recintos desportivos, mas pelo menos não se paga e quando se paga é uma coisa simbólica, para manutenção. Queria alertar a câmara para este facto pois impede muita gente de praticar certos desportos...