21 novembro 2006

Que tristeza!!!


Susana Andreia Sousa Magalhães - Secretária - Porto

Notícia a que se refere: CMP apoia construção do Lar de Idosos de Aldoar


Mas será que o Presidente da Câmara não vê que não é só em Aldoar que devia construir lares de idosos? E no resto do Porto? Mas mesmo assim o que as pessoas não pensam é que não é para os "pobrezinhos" o lar! O senhor Presidente da Câmara devia era sim ajudar os idosos a ter um resto de vida mais digno, pois nem todas as pessoas tem a capacidade de pagar os preços exorbitantes que os lares actualmente pedem. Antes bastava a reforma! E agora??? Basta são umas 3 reformas para pagar o lar e sem contar com os medicamentos e despesas que os nossos ente queridos necessitam! Por isso, senhor Rui Rio, eu apoio a sua atitude mas é se o senhor olhar para os bolsos dos idosos com pena.

O Sr. Prado Coelho já ninguém o leva a sério


João Martins - Empresário - Porto

Notícia a que se refere: Público enfrenta dupla condenação


O Sr. Prado Coelho deveria sentir-se encabulado pelo que escreve, mas não o faz, porque perdeu a consciência crítica desde há muito tempo. As crónicas dele no público roçam a banalidade de uma forma preocupante, e neste caso específico transforma uma opinião pessoal, num desígnio de interesse público. As "Gentes do Porto" a que ele se refere, são alguns dos amigos dele: a "na(f)ta" dos "opinion makers", continuadores desse marialvismo saloio que ainda impera, e que sobre tudo sabem e sobre tudo escrevem. Eu, por acaso sou um leitor assíduo do Público e também das crónicas do sr. Prado Coelho, mas sinto que este senhor, considerando o modelo de linguagem que tem adoptado, e a (in)capacidade que revela em classificar os outros - nos quais me incluo como cidadão do Porto -, oscila já, entre a falta de bom senso e uma perigosa e pretensiosa senilidade que já se denota. Este fim de semana fiz um périplo por alguns dos espaços culturais do Porto(o que faço com regularidade), incluindo um que desconhecia e é privado (Clube Literário do Porto), onde fui assistir a um concerto, e posso jurar, que em nenhum destes locais por onde passei e participei, vi o Sr. Prado Coelho. Então poderei concluir que aquele que assim escreveu no Público não gosta de Cultura e muito menos conhece o Porto e as suas "Gentes". Onde estaria ele? Certamente a preparar mais uma crónica do trivial para publicar na próxima semana, e que indirectamente é paga por nós leitores do Público, pq este Sr. com a sua pena, símbolo do seu egocentrismo algo Estalinista, impõe alguns dos seus medíocres saberes, como nossos deveres. Quanto ao resto ele que se preocupe com o "intramuros" da região onde ele muito bem conhece, e aí terá muita matéria para continuar as suas crónicas da banalidade, a começar pelo seu "Clube do Coração", "Le Rouge" pois então.

É lamentável


José Manuel Alves da Silva - Desempregado - Porto

Notícia a que se refere: JN continua a obrigar a Câmara a fazer desmentidos


É lamentável o uso dado a este espaço pelo Sr. Rui Rio.

15 novembro 2006

Tratamento dado ao Presidente da Câmara pelo "Público"


Manuel Faria - Engenheiro - Lisboa

Notícia a que se refere: Público enfrenta dupla condenação


A marcação com que um conjunto de jornalistas do Público, a sua direcção e colunistas convidados vêm tratando o presidente da câmara do Porto está a tornar-se um case study. A alternância de artigos anti-Rio com entrevistas a interlocutores seleccionados é demasiado coincidente, e diria até ingénua.
Tendo presente o que tem sido escrito nas últimas semanas (do qual só já dá para ler as gordas) e, referindo de passagem a chamada a 1ª página ontem dia 13, o Good night de hoje (14.11.06), não resisti a ler a coluna de Eduardo Prado Coelho, e achei confrangedor o que o Professor Universitário escreve, ocupando 1/3 da sua coluna com uma pérola – concretamente EPC diz de Rui Rio:
- Que está ISOLADO.
- Que avança para um ESTALINISMO LARVAR.
- Que tem vocação de DITADOR, e
- Que Marque Mendes deveria ter VERGONHA em apoiá-lo.
- Diz também que quando fala com GENTE do Porto percebe como estão ENCABULADOS com o desastre do presidente que têm.
- Diz ainda que a GENTE que apoia Rui Rio, é gente que não gosta de cultura e que nunca os via num CONCERTO, EXPOSIÇÃO DANÇA ou TEATRO, que são INCULTOS E RANCOROSOS.
Agora, digo eu, se calhar é só malta da bola. Ou será que a GENTE do FCP também não gosta dele? Então e depois do que se disse dele no 1º mandato e com o Público já com antecedentes em artigos, colunas e editoriais ligeiramente anti-Rio, a GENTE do Porto foi-lhe dar uma maioria absoluta? Uma sugestão - vão à última página do Público de hoje, olhem com olhos bem abertos para as percentagens do Barómetro PÚBLICO.

Como leitor atento do Público acho que estão a abusar da minha inteligência.

13 novembro 2006

Opinar sem ser um "bota abaixo,..."


Ramiro Fernandes de Figueiredo - Médico Psiquiatra - Porto

Notícia a que se refere: Orçamento a braços com uma quebra de cerca de 15% na receita


O Dr. Rui Rio sabe gerir, não gasta em excessos, é racional, sabe separar o trigo do joio. Todas as crítcas na gestão: cultural, urbanistica, de planeamento, etc...são avaliadas e executadas de acordo q. b. p.,com as disponibilidades financeiras do bolo Nacional e Local. Os maiores críticos são: os já instalados, os de mão estendida (subsídio-dependentes), pseudo-intelectuais ou oportunistas de engenharias de e pró-dádivas. Depois de tapar buracos...,de ser maltratado, odiado e invejado... tem o caminho aberto para uma nova maioria absoluta no múnícipio do Porto.

Carta aberta ao Presidente da Câmara Municipal do Porto


Ricardo Alves - Director do Teatro da Palmilha Dentada - Porto

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com os subsídios


Exmo.Sr.Dr.Rui Rio,

Na sequência da entrevista apresentada na passada segunda-feira na RTP1, onde V. Ex.ª se mostrou disponível para apoiar os grupos de Teatro da cidade do Porto - não em subsídios a fundo perdido, mas sim pelo pagamento de uma sala para apresentação dos seus trabalhos - vimos solicitar a V. Ex.ª o apoio para o aluguer de uma sala de teatro, nesta cidade, para a realização de 2 semanas de ensaios e montagem e 6 semanas de apresentação de espectáculos e, ainda, o aluguer de um espaço de ensaios durante 6 semanas.Caso desconheça o nosso trabalho, mais informo que a nossa última representação - Armadilha para Condóminos - esteve em cena um mês, tendo cumprido 17 representações, que foram vistos por 2.276 pessoas (lotação média de 133 pessoas por dia, 76% de ocupação da sala). A temporada rendeu 12.374 euros. Valor, infelizmente, ainda assim insuficiente para pagar todos os custos de produção, uma vez que estes foram de 15 mil euros e que metade da receita, por contrato, pertencia ao teatro de acolhimento. Não sendo um grupo apoiado - nem pelo Estado central, nem pelo autárquico - apenas tivemos o apoio de duas empresas privadas que nos facultaram gratuitamente alguns dos materiais que eram necessários para a cenografia.Apesar dos últimos 7 dias de representação terem tido a lotação esgotada e haver ainda muita gente que gostaria de pagar para ver o trabalho que produzimos, por compromissos já assumidos pelo teatro onde nos encontrávamos, foi de todo impossível prolongar a temporada.Assim, para o nosso próximo trabalho pensamos que o ideal seria apostar numa temporada mais intensa e para um universo maior de possíveis espectadores. Uma temporada de 5 espectáculos semanais ao longo de 6 semanas num universo possível, atendendo à capacidade da sala em questão, de 11.820 espectadores.Penso que, com estes universos de possíveis espectadores, será viável, e necessário, investir um pouco mais na qualidade de cenários, adereços, número de actores em palco e divulgação. Pelo que estimo que o custo da próxima produção poderá rondar os 30 mil euros, investimento que penso ser recuperável nas receitas de bilheteira, evitando assim a subsídio-dependência que V. Ex.ª. critica.Mais informo V. Ex.ª que o preço aproximado de aluguer da sala será de 68.600 euros (quase de 14 mil contos), infelizmente o mais do dobro do custo da própria produção. Quase o dobro dos apoios que a Câmara Municipal do Porto pensou em dar ao Fazer a Festa e à Fundação Eugénio de Andrade. O dobro do que o Fantasporto espera receber da Câmara Municipal do Porto para a sua próxima edição. Seis vezes o que foi atribuído ao Festival Internacional de Marionetas e mais do dobro do atribuído ao FITEI.Basicamente são 68% do valor que V.Ex.ª investiu em subsídios a fundo perdido às iniciativas culturais da cidade. Mas estou seguro que quando avançou com a solução de pagar a sala e não de dar subsídios a fundo perdido pensou antes de falar e fez as contas.É de salientar que o valor referido inclui - além do aluguer da sala de espectáculos, sala de ensaios e do material técnico - o custo de quatro técnicos (um técnico de som, um técnico de luz, um maquinista e um director de cena) para acompanhamento de ensaios e temporada.Sei, evidentemente, que o preço é elevado - principalmente se considerarmos a complicada crise que o país atravessa. Infelizmente, o proprietário da sala não me parece sensível a esses argumentos, uma vez que este é já o preço praticado para entidades sem fins lucrativos.Felizmente que, com o apoio que V. Ex.ª não deixará seguramente de atribuir a este projecto, será possível manter os preços dos bilhetes num valor médio de 5 euros (contado com um ocupação média de 50%) e não ter que cobrar um preço médio de 16 euros e 60 cêntimos o que tornaria o teatro um artigo de luxo, não compatível com a bolsa da maioria dos portuenses.Mais informo que a sala de espectáculos e a sala de ensaios que pretendemos alugar são do Teatro do Campo Alegre, pertença da Fundação Ciência e Desenvolvimento, entidade composta pela Câmara Municipal do Porto e pela Universidade do Porto. Infelizmente são estes os preços praticados por aquela que V. Ex.ª considera a segunda sala de teatro que a câmara tem para oferecer à cidade, e que se tornará na única quando, e se efectivamente for, privatizada a gestão do Rivoli.Caso V. Ex.ª tenha conhecimento de uma outra sala de teatro equipada e pronta a acolher o nosso projecto, numa temporada longa, e que fique mais económica para o erário público, teremos muito gosto em estudar a viabilidade de nela apresentar o espectáculo. Nós, que conhecemos bem a realidade cultural da cidade do Porto, infelizmente não conhecemos nenhuma na cidade.
Aguardando deferimento.

10 novembro 2006

Vou pedir um subsídio ao Banco!


Alexandra Sá - Empresária - Porto

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com subsídios


Vou ao banco pedir um subsídio a fundo perdido para expandir a minha empresa, sob o pretexto de assim possibilitar a criação de mais postos de trabalho, mesmo que a minha intenção não seja empregar ninguém... Esta história parece-vos familiar? Não? Então vou pô-la noutros termos: vou à Câmara Municipal do Porto pedir um subsídio a fundo perdido para fazer uma grande produção cultural, sob o pretexto de aumentar a oferta cultural da cidade, mesmo que a minha intenção seja apenas dizer que fiz um esforço e que havia pelo menos uma pessoa na sala... E agora já reconhecem a história? E que tal... só para variar... trabalharem em prol da cultura com trabalhos que realmente valorizem os espaços culturais da cidade?
Não é por acaso que o país está na falência. Para fazer com que a minha empresa se mantenha no mercado tenho que me esforçar, trabalhar e investir muito do meu tempo nela... Se eu estivesse à espera do subsídio, ainda hoje estaria à procura de emprego.
Parabéns, Dr. Rui Rio, pela tomada de posição mais inteligente que ouvi nos últimos anos... Seria de esperar esta "Rivolição", uma vez que mecheu no bolso de muita gente a quem custava levantar-se, arregaçar as mangas e trabalhar... Obrigado pela gestão justa e equilibrada que está a fazer do meu dinheiro e dinheiro dos impostos dos portuenses... Sim, porque, afinal de contas, é disso que estamos a falar, do NOSSO dinheiro. Ou será que os srs que apoiam a subsídio-depêndencia se esqueceram que os subsídios a fundo perdido saem dos NOSSOS salários?

Depois do Rivoli


João Jobling - Professor - Porto

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com os subsídios


Estou em perfeita sintonia com o novo modelo de gestão, a ser adoptado para alguns dos equipamentos culturais da Cidade do Porto, e também com os cortes nos subsídios. As "elites" mobilizam-se em vigílias quando sentem a sua subsídio-dependência ameaçada, porém nunca se mobilizaram para uma maior participação e desenvolvimento cultural da cidade do Porto, muito para além do espírito de "tertúlia provinciana" entre amigos do Café Piolho a que se resume a produção cultural desta cidade.
No entanto e no caso específico do Rivoli, isso não aconteceu.
A cidade está abandonada culturalmente - pior não poderia estar- porque esses grupos recebem subsídios para produção cultural e não o fazem, ou produzem experimentalismos inócuos e sem público; porém acham-se no direito de se manifestarem publicamente em nome de todos os portuenses. Eu se bem me lembro, não passei qualquer procuração a esse movimento minoritário para me representar. Esta situação teria de acabar, até porque o Rivoli tornou-se um "feudo pesado" da Culturporto e amigos (pseudo-intelectuais subentendido) já do tempo das sucessivas administrações socialistas que “queima” anualmente uns milhões de euros.
Temos agora grupos como o casal que organiza o Fantasporto, a vir a público salientar que o mesmo Festival corre sérios riscos. A imagem que transparece é que eles fazem muito pela imagem cultural da cidade, e nada recebem por isso. O Festival é um evento sem fins lucrativos, pois então.
É muito fácil “fazer coisas” com o dinheiro dos outros, não assumir riscos, e deixar que outros “roam depois os ossos”. Confesso que acho que esta medida deveria ser alargada a outros espaços. Lembro-me que quando estudante da faculdade, muitas vezes pretendíamos organizar seminários e outros eventos no Teatro do Campo Alegre ( gerido pela Fundação Ciência e Desenvolvimento), mas como tínhamos de estar dependentes da disponibilidade e má vontade dos Srs. da Seiva Trupe (que são pagos com os nossos impostos e pouco ou nada pagam pelo TCP); então desistíamos, porque esses Srs. mandavam (e continuam a “mandar”) mais no espaço que a Fundação - como se o mesmo fosse sua e exclusiva propriedade.
Eu não era um admirador do Sr. Rui Rio, mas reconheço que tenho sentido alguma simpatia por decisões que toma, sem ceder a pressões de certas “caciques” já com cheiro a “naftalina”, que não passam de pretensos burgueses, camuflados de activistas culturais. Se estas “elites” regionais, acham que devem ser protegidas, então que invistam nas próprias produções. Sejam empreendedores. Eu fiz o mesmo quando criei a minha empresa. O executivo camarário ao que parece já deliberou, e aos que exercitam jogos de opinião - sobre a (im)possível demissão de Rui Rio - , eu como cidadão do Porto só gostaria de (re)lembrar que o mesmo foi eleito democraticamente e por maioria, maioria essa que continua com ele, e não uns grupinhos frustrados culturalmente que até perdem o bom senso e ocupam o Rivoli.

Acabem-se então todos os subsídios


Alfredo Brito - Actor - Lisboa

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com os subsídios


Exmo. Sr.:
Levo 24 anos de profissão e abomino os discursos fáceis. Por isso não gostei do seu. Em vez de estabelecer critérios acaba-se. Espero que acabe também com o cargo de Vereador da Cultura e com os subsídios que o partido pelo qual foi eleito recebe do estado português, dos meus impostos e dos impostos da minha empresa. Não quero estar a pagar contas do senhor e do seu partido.
Obs: até António Ferro tinha uma visão mais abrangente e moderna. Verdadeiramente lamentável senhor Rui Rio.

Subsídios...


António Tadeu - Mecânico - Maia

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com os subsídios

Ainda bem que não é a Câmara do Porto que manda nos subsídios de desemprego, senão também acabava com eles e mandava-nos a todos para a fila da sopa dos pobres.

09 novembro 2006

Subsídios


Fernando Pais - Professor - Mortágua

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com subsídios


Tiro o meu chapéu à decisão de Rui Rio de acabar com subsídios generalizados a colectividades, grémios, clubes, associações ditas culturais, desportivas e recreativas, casas do povo, casas de pescadores, instituições culturais, recreativas,desportivas e quejandos, que os contribuinte têm sustentado à força, através das chamadas "políticas" nacionais, regionais e locais. Fui vereador responsável pelo pelouro de desporto e cultura numa câmara do interior e, ao cabo de um ano, ano em que estive em funções, as minhas propostas de atribuição de subsídios foram praticamente igual a zero. Motivo? Apercebi-me de que, na sua grande maioria, o contributo social, desportivo, cultural de colectividades ditas de "cultura, desporto e recreio", a começar nos clubes de futebol ditos amadores com jogadores profissionais, etc, era praticamente nulo. Foram na altura pedidos projectos de actividades, a que quase ninguém deu resposta. Os resultados dos (grossos) investimentos feitos depois no tal desporto, cultura e recreio estão à vista. Bem podem limpar as mãos à parede. A conclusão a que cheguei e que tenho confirmado, dramaticamente, ao longo dos anos, é que a "política" de subsídios é, no fundo, essencialmente uma forma de os políticos arrebanharem votos investindo nas colectividades, que lhes dão o retorno no momento das eleições. Não são os políticos que, generosamente, tiram do seu bolso o dinheiro para "socialmente" investirem: antes são os políticos eleitos que, de forma "generosa", vão ao bolso dos contribuintes, investindo em núcleos e sectores nevrálgicos que constituem um manancial de votos que amanhã os reponham no poder. O País não pode continuar a assistir impávido e sereno ao esbanjar de dinheiros públicos para actos "culturais" como: tunings, rallies, festas populares, torneios de sueca (é verdade a que assisto in loco) enquanto o cidadão comum sua as estopinhas para viver depois de pagar os impostos e espera anos ou morre à espera de uma intervenção cirúrgica. Civicamente penso que os autarcas deveriam ser responsabilizados, em termos judiciais, pela forma como gerem e utilizam o dinheiro dos contribuintes. Numa fase do império Romano, as classes nobres pagavam à populaça para se irem divertindo até que, chegada a época das eleições, elegessem os seus senadores. O tempo é outro, terá que ser outro. O país está demasiado atrasado para brincarmos com os magros recursos que temos. Como diziam os antigos, primum vivere, deinde philosophare, ou, em português corrente, antes de comprar perfumes, é preciso comprar sabão para tratar da nossa higiene primária.Rui Rio tem a coragem de fazer o que deve, como cidadão e político responsável. Venham outros assim: critério nos subsídios, responsabilização, respeito pelo povo que paga os impostos, respeito pelo dinheiro dos que, no fundo, sustentam a própria classe política.

07 novembro 2006

Também quero um subsídio!!!


Matilde Vicente - Professora - Porto

Notícia a que se refere: Rui Rio acaba com os subsídios


Eu também quero um subsídio!!! Não posso deixar de felicitar o Dr. Rui Rio por tão corajosa medida e de solicitar à oposição um subsídio para desenvolver com dignidade a minha actividade! Eu também gostava de ter um apoio para comprar papel, canetas, lápis, tinteiros, creme para as mãos porque o giz dá cabo delas, livros, etc., etc., mas ninguém me dá nada. Exigem-me que pague impostos e que aperte mais o cinto para se continuar a pagar luxuosamente e a peso de ouro os nossos altos dirigentes. Conheço professores do Porto colocados em Vila Real de Santo António, outros de Faro colocados em Vila do Conde e nem o governo nem as autarquias lhes dão subsídios, nalguns casos chegam a pagar para trabalhar! Não deviam, pois não? Afinal, o que é prioritário? A mobilidade dos professores e a educação das nossas crianças ou a nossa produção cultural? Não posso deixar de manifestar a minha indignação com as posturas da oposição portuense! Nunca os vi manifestarem-se contra o “desgoverno” do nosso governo! Por um lado, o governo retira verbas às autarquias e, por outro, a nossa querida oposição quer que a autarquia portuense invista na cultura que, note-se, constitui uma das principais fontes de rendimento da Invicta!! Será que acreditam mesmo que o Estado pode e deve suportar tudo? Se assim for, eu também quero um subsídio…